31 de agosto de 2008

Anjo.


(Homenagem mal feita)

Um dia eu estava caminhando sem rumo, algo me despertava durante o percurso, uma meia-luz, com asas, brilhante, um ser, um jovem e ilúcido ser, uma pessoa, tinha certeza só poderia ser, Não me bastava ficar vendo, adimirando, tinha curiosidade, queria saber da essência daquele ser, algo realmente despertava em meu interior, me curiava, me instigava. Muitas perguntas tinha em meu coração, muitas questões a serem respondidas. Não havia outra maneira, não encontrei outra forma de quietar a minha inquietação, não havia sequer coragem de me aproximar daquele ser, olhava desconfiado, de longe, afim de não assutá-lo, mas o ser era um sujeito, da terceira pessoa do singular, era sem fim e sem começo, alguns o conheciam, poucos o entendiam. Achei finalmente um jeito, uma abertura e consigui a muito custo chegar perto sem escabriar o ser. Consegui arrancá-lhe um oi, descobri que não se tratava de algo surreal, mas simplesmente de humanidade, era algo parecido, algo ainda desconhecido, algo a ser investigado, algo, confesso eu, muito difícil. Aquele ser, a quem me despertou profundo interesse, era nada mais do que um espelho meu, do meu interior, descobri, ao longo de várias caminhadas e alguns tropeços, que aquele ser se tratava de uma missão, tinha que conquistar sua confiança, por mais impossível e impenatrável que fosse, lembro-me, que no começo, foi muito difícil, mas durante nossa estrada tortuosa, fomos nos conhecendo, e aquele ser, cheio de luz, acabou me aquecendo aos poucos, me transmitindo seu vigor, sua juventude, foi aí que eu percebi, acabara de encontrar um tesouro, que muitos homens juram não existir mais, que muitas lendas contam que está preso no mais profundo oceano e outras dizem que no mais temido deserto, sim eu encontrei esse tesouro, e ali ele estava, caminhávamos todos os dias, e por mais que teimávamos, vinham nos acompanhando muitos outros tesouros, éguas, fiquei rico pensei. Realmente, fiquei rico, espero ter ficado. Com todas aquelas luzes que nos acompanhavam, ora como protagonistas ora como figurantes, mas era lá que nos acertávamos, estávamos quase chegando ao nosso destino. Fiz uma retrospectiva da nossa viagem, do quão difícil foi acompanhar e ser acompanhado por aquele ser. Andamos incontáveis milhas, e chegamos a uma bifurcação, Ah não!Um de nós teria que abdicar de seu próprio caminho ou ambos segueríamos os respectivos, ficamos ali , estáticos, sem saber, bolamos vários planos, mas não chegávamos a um consentimento, não havia outro jeito, abdicar de um sonho era abdicar da própria vida, mas seguir, como? Foi aí que nos veio a idéia. Traçamos nosso próprio destino, juntos, lado-a-lado, de mãos dadas, seguimos, aquele que seria o caminho quem sabe para a eternidade, quem sabe para as profundezas ou o paraíso, não havia mais destino, havíamos o abandonado quando decidimos não seguir aqueles velhos caminhos, abdicamos de quem sabe a felicidade, mas a verdadeira felicidade, descobrimos, estar no próximo, na companhia, e não no caminho. Seguimos para o incerto entretanto para o verdadeiro. E assim, vivemos sem passar despercebidos.
Amigos.

14 de agosto de 2008

A casa da Árvore.

Eu penso que algo sei, por que a vida não é mera passagem, ah sei lá, escreva histórias e estórias, a vida não é passageira, escreva versos de paixão e obituários, a vida não é vale-transporte, não pague por ela e não fique devendo, não deixe no "fiado", a vida não tem direito a "meia-passagem", não há meia-vida e nem uma vida e meia, viva a que tem, não use o meio-termo, a vida não é aleijada, não mate a vida, deixe-a caminhar, a vida não possui passaporte, não transporte sua vida para a irrealidade e a ilusão, a vida não requer pré-requisito, não dê desculpas para não viver, a vida não é uma turbina, não tente acelera-lá, a vida tem seu próprio tempo, e não tente retardá-la muito menos, a vida não é caixa-postal, não possui secretária-eletrônica, deixe que a vida viva.
Ou quem sabe, obtenhya uma maneira de viver à dua maneira, contrua uma Casa na Árvore e viva à Natureza!
,Rp

9 de agosto de 2008

I know Superman.


(Eu conheço o Super-Homem)

Por que os fatos não são tão dramáticos como queríamos que fossem,
Por que a vida não é uma tele-dramaturgia,
Por que o cotidiando não é mero passageiro, porque as estações não são corriqueiras, e sim, porque nós somos as decisões que tomamos ou preferimos não nos responsabilizar por elas.
E sim, por que nossas vidas são feitas de fatos heróicos, como reciclar o lixo ou orar.
Por que não vivemos em Metrópoles e nossa Torre da Liga da Justiça não está funcionando. Não por que não tenhamos heróis, não por que não existam pessoas heróicas ou fatos heróicos, ou simplesmente milagres.
E sim, por que eu decide ser meu próprio herói, e sim por que minhas atitudes decorrem sobre mim mesmo, e sim por que fiz de mim o meu salvador, óbvio não tão prepotente.
Só vi, e percebi, que cabe a mim mesmo a minha vida, oras, quem sabe então a minha sobrevivência.
Nada cético.
Eu absorvo minhas energias sim, de algo superior, mas escolhi a mim próprio como meio de heroísmo, não para salvar o mundo (quem sabe, talvez), mas para tentar salvar o Eu mesmo.
Por que se Eu conheço o Superman, que diferença faz, se ele não me conhece?
E sim por que decide me heorizar, não para os outros mas a mim!
A partir de mim, a vida não passará despercebido a outros.
Se "Penso que algo sei", penso que sou meu próprio herói, não que despreze os seus heróis, mas compartilho de uma virtude.
Vontade minha, uma vontade de tentar fazer primeiramente em mim, e a partir dissso, exteriorizar, certo?
I know Superman, e eu não passerei despercebido, e justamente por que não tenho uma identidade secreta.
, Rp