20 de janeiro de 2009

Quando se diz Adeus.

Adeus.
Uma palavra.
Uma surra.
Sem suspiro.
Sem tempo.
Sem proximidade.
Quando se diz adeus, quando se sente que não há mais o que dizer a não ser essa palavra.
Quando a noite é tão cálida e o frio te aperta, e você não tem forças para mais nada, só para dizer adeus.
Quando suas energias te dispensam sem aviso prévio, quando não há nada a ser esclarecido.
E não há mais figuras no horizonte e se tenta esticar um papo, uma vida. Quando seu último suspiro também é a sua deixa.
Mas você não quer dizer, o que nem precisa ser dito. É tão evidente assim, todos percebem, não há mais solução, um adeus que nem parece, mas que é.
Uma palavra maldita, que teima ter sinônimos cujos antônimos não a vencem. Uma palavra ignorante e teimosa, não deixa oportunidade para respostas.
Nada após o adeus, nada após a sua última letra, nada seguinte, simplesmente nada.
Quando dois adeus se chocam um contra o outro, um ricocheteia a força do outro, tudo se desmorona, dois lábios se rasgam, dois adeus, é simplesmente forte e perpétuo.
Quando não resta saída a não ser a própria retirada, a teimosia da derrota é derrotada pelo significado da palavra. Simplesmente o fim.
Mas o Adeus, é um Deus, que por mais que siginifique o próprio adeus, também pode significar À Deus, e se consegue driblar o vocábulo e também a semântica.

19 de janeiro de 2009

Vamos Celebrar!

Vamos Celebrar.
Vamos ser monótonos.
Só vamos celebrar.
Hoje é o seu aniversário.
Hoje você conquistou aquela garota.
Hoje você recebeu um pedido de casamento.
Vamos celebrar.
Você nasceu.
Vamos celebrar.
O dia está chuvoso.
Vamos celebrar.
Há coqueiros, sombra e água fresca.
É só isso.
Porque passar despercebido, também significa Celebrar.