2 de março de 2011

Meu sonho hoje.

Meu maior desejo de hoje é cantar!
Cantar, para que o mundo todo se cale.
Para que todos prestem atenção em mim.

Hoje eu quero cantar todas as verdades para o mundo.
Eu quero proferir versos de amor e versos que falam sobre ódio e vingança.
Um dia eu fui criança, num dia eu fui velho.
Um dia eu tinha tudo, no outro eu não tinha nada.

Eu quero cantar, para que todos se calem, e escutem a si mesmos.
Quero que cada um escute o quanto estúpidos e ínfimos somos nós.
Eu quero cantar, com liberdade.
Porque eu quero gastar os dons que me foram dados.
Eu quero gastar minha voz até que não escute o som do meu coração.
Quero cantar, até perceber que não estou vivo até que a morte me chame.

Eu quero cantar, do fundo do meu coração fúnebre, que está tudo errado.
E eu quero cantar coisas bonitas e coisas feias.
Coisas que poucos tem ousadia de cantar.
Tanto boas quanto más.

Eu quero gastar todos os fluidos na minha saliva.
Para que todos escutem.
Escutem com muita atenção.
E quem sabe mandar as pessoas pararem de serem si.
Pararem com toda essa loucura.
Que eu deixo que me consuma.

Cantar, para que a realidade a minha voltar seja uma só.
Um canto só, numa única e batida, num só ritmo.
Para que todos no mundo estejam sintonizados.
Nessa onda.
Essa onda...
A onda do bem, da verdade.
O que eu canto...

27 de janeiro de 2011

Maratona

Meu maior desejo hoje é correr.
Correr sem se dá conta do que estou deixando para trás.
Correr como se não houvesse nada que valesse a pena levar em uma nova jornada.
Como se não houvesse nada lá atrás que valesse uma última olhada.
Uma última piscada de um suspiro interminável.
Correr sem deixar vestígios,para que meus predadores não viesse à tona novamente.
Que meus inimigos se percam nos tortuosos destinos que resolvi traçar.
Que meus amigos me encontrem durante minhas trevas voluntárias,nas minhas manhãs ensolaradas,ou nas tempestades carinhosas.
Correr sem deixar pistas...
Correr sem deixar marcas nas árvores,ou pedaços de pão, ou uma trilha de poeira.
Correr até que todo o suor seja exaurido pela velocidade da minha fuga.
Que a tempestade deixada pela minha rapidez sejam brisas de felicidade a todos que não a desejaram que a tivesse.
E que todos que desejaram a tenham como um sopro atrás do ouvido como um abraço de reencontro.
Que todas as vidas deixadas para trás se tornem rosas que florescem depois do orvalho pela manhã.
E que eu nunca consiga parar de correr.
Que eu nunca encontre a felicidade,por mais que ela pareça verdadeira.
Que eu nunca encontre a felicidade,que eu nunca pare de tentar.
Que eu nunca encontre o Fim.
Eu quero correr, deixar tudo para trás.
Eu quero me salvar, mas essa salvação...
Ao mesmo tempo quero estar aqui,continuar aqui,permanecer.
Correr parece mais certo,até mais fácil.
Mas,o fato do meu querer, não significa o meu fazer.
Porque deixar tudo para trás não faz parte do que sou.
Nem do que tenho.
Porque meu maior tesouro e meu maior pesar, é o meu passado, a minha história.
E deles,eu jamais conseguirei escapar.
Minha história, minha trajetória, minha vida.
Não há corrida que consiga tolerar...
O peso é muito grande.
As amarras, muito profundas.
Mas eu vivo, senão, sobrevivo.
Nas quedas e nas retas.
Indo e vindo.
Buscando.
Enfim.

22 de janeiro de 2011

Sem dicas para a poesia.

Eu não consigo ver uma forma agradável de dizer.
Estou impossibilitado de qualquer gesto neste momento.
Sua ferida ainda é muito recente.
E minha dor muito intensa.
Pode-se dizer que fomos feitos um para o outro.
O que adianta tanta força desse Destino.
Se quem dita as regras é a Vida.
E seus personagens principais, Eu e Você.
E as regras não se deixam quebrar pelo simples Desejo.
Talvez não seja de tão real assim como imaginávamos.
Após reflexões, vi que sentimento, não se reflete, se sente.
Enfim, quem sabe voltaremos a sentir novamente.